O projeto eGROUNDWATER – Citizen science and ICT-based enhanced information systems for groundwater assessment, modelling and sustainable participatory management – arrancou em abril de 2020, e tem como objetivo apoiar a gestão sustentável e participativa das águas subterrâneas na região do Mediterrâneo, através da conceção e teste de sistemas de informação tecnológica que permitam o envolvimento e a participação dos cidadãos.
O eGROUNDWATER é coordenado pelo IIAMA-UPV (Instituto de Ingeniería del Agua y Medio Ambiente da Universitat Politècnica de València), e conta com a participação de centros de investigação da Argélia, Espanha, França, Marrocos e Portugal.
Em Portugal, o ISEG é responsável por avaliar as transições institucionais necessárias para a mudança das práticas de gestão sustentável. A equipa é liderada por Marta Varanda (SOCIUS) em parceria com Sofia Bento (SOCIUS), ambas investigadoras do consórcio CSG.
As águas subterrâneas estão sujeitas a pressões, tais como sobre exploração e poluição. Uma questão crítica para a gestão das águas subterrâneas é a disponibilidade de dados. A plataforma eGROUNDWATER será uma novidade tecnológica devido à combinação de dados. As fontes de informação incluem a observação da terra (drones, deteção remota), sensores, ferramentas TIC (e.g. aplicativos móveis) e o envolvimento de cidadãos e partes interessadas na recolha de informações. A maior disponibilidade de dados ajudará a melhorar o controlo das captações e a sobre exploração das águas subterrâneas, apoiando a gestão sustentável destas águas subterrâneas, bem como as atividades agrícolas.
A investigação incide em quatro estudos de caso: o aquífero de Requena-Utiel (Espanha), o oásis Timimoun (Argélia), o aquífero de Aim TImguenay (Marrocos) e o aquífero de Campina de Faro (Portugal).
A equipa de investigadores associada ao ISEG (consórcio CSG) está já a estudar o aquífero Campina de Faro, sujeito a vários problemas como a contaminação da lagoa da Ria Formosa por nitratos, devido às atividades agrícolas e progressiva diminuição dos níveis das águas subterrâneas, causados pelo desenvolvimento turístico. O ISEG deverá ainda liderar o desenvolvimento de pathways, que permitam escalar ao nível do país as estratégias de gestão sustentável de água subterrânea, testadas nos casos de estudo.
Aquífero Campina de Faro | Fotografia: Luís Nunes
Este projeto é desenvolvido através do programa PRIMA (Partnership for Research and Innovation in the Mediterranean Area), financiado pela União Europeia, Horizonte 2020.
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