Manuel Vinhas Roque terminou agora o primeiro ano da licenciatura em MAEG e, recentemente, fez parte de uma tripulação que partiu em expedição pela rota das ilhas centrais dos Açores num bote baleeiro.
Desafiámos o nosso aluno a responder a três perguntas e isto foi o que o nosso velejador nos teve para dizer.
Como surge esta participação?
Eu passo os meus verões na Ilha do Pico, nos Açores, praticamente desde que nasci. No verão passado conheci o Sr. Estácio Azevedo, picaroto, que logo se tornou grande amigo. Foi a convite deste amigo que me integrei numa das equipas de bote baleeiro do Clube Naval de São Roque do Pico. Este verão fui convidado para uma viagem que já estava pensada há mais de 18 anos, mas que nunca tinha sido concretizada. Trata-se de uma volta ao Grupo Central em bote baleeiro, atracando em antigos portos baleeiros em todas as cinco ilhas do grupo. O percurso é feito com recurso aos meios que o bote oferece, principalmente a vela e ocasionalmente os remos, os mesmos de que os baleeiros dispunham.
O que representa esta aventura na tua vida?
Como amante dos Açores e de desportos náuticos esta aventura é realmente emocionante para mim. O enquadramento histórico feito, a experiência de vida que os dias no mar nos dá e o trabalho de equipa necessário para manobrar o bote, culminaram numa viagem que ficará sempre como grande recordação dos bons tempos que se passam nos Açores.
Durante a viagem tivemos vários encontros com várias espécies de golfinhos que nos iam animando com as suas acrobacias, mas o encontro mais memorável foi com um grupo de cachalotes! Velejar num bote baleeiro numa rota de antigos portos baleeiros pelas ilhas fora torna-se especial quando se encontra a procurada “baleia”.
Fizemos uma aproximação à antiga, com manobras rápidas, mas silenciosas, em que todos focaram a sua atenção nos cachalotes que iam aparecendo conforme vinham respirar. Por momentos sentimo-nos verdadeiros baleeiros!
Como tem sido a tua experiência no ISEG? Achas que és um explorador que gosta de matemática ou um matemático que gosta de explorar?
Estou a gostar muito do ISEG, desde que entrei para o ISEG apareceram inúmeras atividades e oportunidades de desenvolvimento pessoal, é realmente uma escola de oportunidades. Rapidamente fui integrado no dia-a-dia do ISEG e fiz muitas amizades!
Eu penso que sou mais um explorador que gosta de matemática. Sempre gostei muito de matemática e como sou apaixonado por desportos náuticos, nomeadamente, a vela, sempre tive curiosidade em aplicar conhecimentos de matemática à navegação marítima. São também do meu interesse as ciências naturais que permitem o melhor entendimento das situações de contacto com a natureza.
O curso de MAEG introduziu-me assim numa área nova no meu campo de interesses, a Economia e Gestão, ambas fundamentais para entender o mundo atual.