Aluno: Diogo Filipe JerÓnimo Rodrigues
Resumo
Neste Trabalho Final de Mestrado, um novo Modelo para o Risk Adjustment para o Risco de Longevidade em Seguros de Vida é proposto e comparado com as técnicas clássicas de cálculo do Risk Adjustment, discutindo as suas vantagens e desvantagens.
Nos últimos anos, o setor segurador tem evoluído no sentido de uniformizar os processos de relato financeiro, atuarial e contabilístico, de forma a poder avaliar e comparar o desempenho das seguradoras. Novas normas têm surgido para alcançar esta visão partilhada, como é o caso da IFRS 17 - Contratos de Seguro.
O objetivo deste estágio foi estudar o Risk Adjustment em Seguros de Vida. O Risk Adjustment é uma das componentes da mensuração de responsabilidades ao abrigo da IFRS 17 que reflete a compensação que uma seguradora necessita para suportar a incerteza decorrente de riscos não financeiros. A norma não prescreve qualquer técnica para o seu cálculo, tornando-o num dos maiores desafios para as seguradoras na implementação da IFRS 17.
Neste trabalho, desenvolve-se um modelo original para o cálculo do Risk Adjustment para o Risco de Longevidade em Seguros de Vida. Este é baseado em conceitos estatísticos, tais como: Ordenação Convexa de Riscos; Comonotonicidade; e os Limites de Somas de Variáveis Aleatórias. O novo modelo cria um intervalo que contém o Risk Adjustment a aplicar a um determinado portfólio de seguros de vida sob o risco de longevidade, através da aplicação de uma fórmula analítica. A expressão analítica para o intervalo é de fácil implementação e obtenção de resultados. Utilizando dados inspirados num portfólio real de seguros de vida de uma companhia de seguros líder a operar em Portugal, mostra-se que este modelo, que se foca na volatilidade do comportamento histórico do portfólio em termos de exposição e de mortes, tem várias características positivas quando comparado com as técnicas clássicas de cálculo do Risk Adjustment: as Técnicas de Quantis; e a Técnica Cost-of-Capital.
Trabalho final de Mestrado