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Estudo da Homogeneidade nas Taxas de Mortalidade da População Portuguesa

Aluno: Rute Marisa Lopes Ferreira


Resumo
Com o aumento na esperança média de vida, a existência dos indivíduos está sujeita durante mais tempo a um conjunto variado de fatores, o que se traduz em efeitos visíveis nas estruturas das populações. Assim, nas últimas décadas, tem sido dada uma maior atenção à análise das diferenças existentes dentro das populações, ou seja, à maior ou menor heterogeneidade que as caracteriza. A consideração da heterogeneidade mostra-se particularmente importante na seleção dos modelos de mortalidade mais ajustados para fins atuariais. Em particular, o seu impacto pode ser muito significativo no cálculo do valor das rendas dependentes da vida humana que, pelo papel central que desempenham, requerem modelos tão aproximados da realidade quanto possível. Recentemente, (Su & Sherris, 2012) analisaram a heterogeneidade na população australiana. Recorreram, para tal, à noção de fragilidade e a diferentes modelos que a literatura anterior recomenda como adequados neste âmbito. Com base no trabalho dos dois autores, procura-se na presente dissertação aplicar a mesma metodologia à população portuguesa, numa tentativa de detetar os efeitos no comportamento da mortalidade no nosso país resultantes da eventual existência de heterogeneidade. Neste contexto são aplicados os modelos de fragilidade, associados à função Gama e à função Inversa Gaussiana. Para finalizar, e também à semelhança de (Su & Sherris, 2012), procura aferir-se a significância desses efeitos no cálculo dos valores das rendas dependentes da duração da vida humana, em Portugal.


Trabalho final de Mestrado