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O TECNOSTRESS E A PROCRASTINAÇÃO NO TRABALHO REMOTO

Aluno: VÂnia Filipa Amorim Viana


Resumo
Devido à pandemia Covid 19, o trabalho remoto passou a ser a principal, ou mesmo a única, forma de trabalho, evidenciando não só as suas vantagens, mas também alguns dos seus inconvenientes, nomeadamente o techno-stress. O facto de muitos trabalhadores terem passado a estar mais tempo conectados com o trabalho invadiu muitas vezes a sua vida pessoal, familiar e a sua privacidade. Para além disso, outros trabalhadores viram-se confrontados com sentimentos de incapacidade decorrentes do uso de novas tecnologias de informação. Por regra, o trabalho remoto está associado a um menor controlo por parte dos supervisores, o que pode facilitar comportamentos de procrastinação no trabalho, designadamente, o adiar de tarefas profissionais (soldiering) e/ou navegar na internet para fins pessoais durante o período de trabalho (cyberslacking). Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar em que medida o techno-stress poderá levar ao aumento da procrastinação no trabalho nas suas duas dimensões. Efetuou-se um inquérito a uma amostra de 110 pessoas que se encontravam em trabalho remoto no período de abril a agosto de 2021. Os dados recolhidos foram analisados com recurso ao SPSS – Statistical Package for Social Sciences. Na amostra estudada os níveis de techno-stress e procrastinação no trabalho são relativamente baixos. A tecnosobrecarga é um preditor positivo significativo do soldiering e do cyberslacking. A tecnocomplexidade é apenas preditor positivo significativo do soldiering. A tecnoinvasão não tem efeitos significativos em nenhuma dimensão da procrastinação no trabalho. Verificou-se ainda diferenças estatisticamente significativas nas duas dimensões da procrastinação no trabalho em função do nível de escolaridade, testemunhando-se que em ambos os casos os inquiridos com Licenciatura, Mestrado e Doutoramento são quem tem mais tendência a recorrer tanto a Soldiering como a Cyberslacking.


Trabalho final de Mestrado