A MATURIDADE DIGITAL E AS PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAIS

As implicações da maturidade digital, vieram revolucionar a forma como percecionamos o mundo à nossa volta abarcando todos os setores de atividade (Matt, Hess & Benlian, 2015). Nas empresas, as TI apresentam-se como ferramentas dinâmicas e potenciadoras de oportunidades e, por isso, são utilizadas como mecanismos que promovem a produtividade, eficiência, diferenciação e competitividade (Sebastian et al., 2017). Outro dos fatores que potencia a diferenciação entre empresas são os impactos ambientais. Estes continuam a pôr em causa a disponibilidade de recursos naturais para as gerações futuras. Assim, surge a necessidade dos gestores repensarem o posicionamento das empresas tendo em conta este fator (Dao, Langella & Carbo, 2011). Apesar da pertinência destes temas, a literatura é escassa no estudo das suas implicações agregadas. Desta lacuna, surge este estudo cujo objetivo é analisar as implicações da maturidade digital no desempenho de práticas sustentáveis por parte da gestão das empresas. Este estudo vem enriquecer a literatura com exemplos reais que nos demonstram implicações práticas da agregação de TI com práticas de sustentabilidade. Na indústria, pode servir de guia para os gestores que pretendem conhecer melhor as potencialidades desta sinergia. Tendo como base uma metodologia qualitativa, realizou-se a análise de dois estudos de caso de empresas em Portugal do setor do retalho, onde se procurou entender as principais implicações práticas do posicionamento e utilização de ferramentas digitais nas práticas de sustentabilidade. Os resultados mostram uma preocupação na procura de soluções eco-friendly e, confirmam a existência de sinergias positivas da utilização de TI neste processo.