Aluno: Rafael Filipe Abrantes Fernandes
Resumo
A evolução do futebol experienciada nos últimos anos transformou este desporto numa indústria capaz de fazer movimentar milhões de euros. Esta aproximação ao contexto empresarial colocou um peso acrescido nas Demonstrações Financeiras dos clubes. Nestas, permaneceu imaculada a preponderância do jogador, constituindo- se como o principal ativo das sociedades desportivas. A qualidade do relato financeiro exige que os eventos sejam reconhecidos, mensurados e divulgados de forma fidedigna e apropriada atendendo ao normativo contabilísticos aplicável aos clubes.
A presente dissertação pretende desenvolver um modelo alternativo de mensuração subsequente dos passes dos jogadores de futebol, através de um processo de cálculo das amortizações do exercício o mais condizente possível com a atividade desportiva.
As Demostrações Financeiras do SL Benfica, FC Porto e Sporting CP reportam que as amortizações do exercício são determinadas com base no método da linha reta. Contudo, o modelo do desgaste funcional permite determinar o gasto com a amortizações do exercício de acordo com a utilização efetiva dos jogadores, aproximando o processo contabilístico à realidade futebolística.
Baseado numa simulação sobre a mensuração do passe de seis jogadores, chegámos à conclusão da existência de perdas por imparidade que deveriam ter sido reconhecidas. Por outro lado, a aplicação do modelo do desgaste funcional tem implicações na amortização do exercício, já que esta está dependente do número de jogos realizados pelo atleta. Desta forma, o modelo permitiu estabelecer uma distinção mais clara sobre os fatores que reduzem a quantia escriturada: vertente do uso (amortização do exercício) e por outros fatores que fazem desvalorizar o passe do jogador (perdas por imparidade).
Trabalho final de Mestrado