A UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE CONTROLO DE GESTÃO NUMA EMPRESA SEGURADORA

As empresas do setor financeiro, especialmente as seguradoras, estão atualmente a passar por uma acelerada revolução, resultando num cenário de incerteza e complexidade. E são nestes momentos em que é importante existir uma rápida adaptação das empresas, algo que pode ser agilizado com o devido planeamento e controlo do desempenho empresarial, permitindo assim facilitar a tomada de decisões estratégicas. Relativamente às seguradoras que operam em território nacional, existe atualmente pouca literatura sobre a forma como executam o seu controlo. Este estudo tem como objetivo tentar perceber de que forma uma companhia de seguros em Portugal pode realizar o seu controlo de gestão e que instrumentos implementa para tal. Para o efeito, realizou-se uma revisão da literatura, abrangendo várias seguradoras tanto a nível nacional como a nível internacional, e um estágio, realizado no departamento de Planeamento e Controlo da VICTORIA Seguros. A empresa acolhedora do estágio está presente em Portugal desde 1930 e desenvolve atualmente seguros para os ramos Vida e Não Vida. Dado o seu historial, a área de Planeamento e Controlo já teve oportunidade de desenvolver e enraizar certos procedimentos de controlo, proporcionando-me um grande leque de conhecimentos técnicos, não só a nível do planeamento e controlo e das ferramentas utilizadas pela área, como também sobre o “mundo” segurador. Tanto a revisão da literatura como a experiência de estágio mostraram que as seguradoras observadas neste estudo têm utilizado instrumentos de controlo que consideram essencialmente informação financeira, tais como o plano operacional, o orçamento e a análise de rácios financeiros. Para além disso, também se verificou em ambas as referências que as seguradoras estudadas a nível nacional têm aderido pouco a instrumentos que consideram tanto informação financeira como não financeira, como é o caso do BSC e do TDB, situação um pouco diferente da verificada para as seguradoras estudadas a nível internacional. Por fim, verificou-se também um aumento na importância dada aos sistemas de informação, especialmente aos sistemas ERP, de forma a garantir o acompanhamento da atual transformação digital e o devido suporte ao controlo de gestão.