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APLICAÇÃO DA LEI DE BENFORD NA DETEÇÃO DE FRAUDE AO NÍVEL DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – O CASO DO SETOR DO TURISMO

Aluno: Andreia Isabel Rosado Crispim


Resumo
De acordo com o relatório da ACFE - Association of Certified Fraud Examiners (2022), um caso típico de fraude dura 12 meses antes de ser detetado, o que origina uma perda média anual de $117.000 para as organizações. A fraude afeta cada empresa de uma forma diferente, contudo ameaça a integridade e a sustentabilidade dos negócios de forma igual, sendo necessário a adoção de abordagens mais eficazes para detetar e prevenir atempadamente os seus indícios. A Lei de Benford surge assim como uma técnica auxiliar que vem melhorar a eficácia na identificação de dados enganadores e proporcionar uma análise a toda a população. A presente dissertação tem como principal objetivo demonstrar a aplicabilidade da Lei de Benford como uma ferramenta de apoio na deteção de eventuais distorções nas demonstrações financeiras das organizações. Para esse fim, foi analisada a rubrica “Volume de Negócios” da Demonstração de Resultados de 32.376 empresas portuguesas pertencentes ao setor do turismo, durante o período de 2017 a 2021. Este período foi dividido em três fases distintas para o setor, nomeadamente, a fase de crescimento, crise e recuperação, a fim de avaliar como diferentes estágios económicos influenciam a ocorrência de anomalias nos dados. Os resultados obtidos revelaram diferenças substanciais na conformidade do primeiro e segundo dígito da amostra, apresentando variações significativas nas diferentes fases do setor em análise.


Trabalho final de Mestrado