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Relevância dos impostos diferidos: caso das empresas cotadas em Portugal

Aluno: Francisco Maria Mota Rodrigues


Resumo
Este estudo pretende investigar se os investidores atribuem valor relevante aos impostos diferidos (ID) e aos seus componentes, na determinação do valor de mercado das empresas cotadas no PSI Geral para o triénio de 2009-2011. Para este efeito, agrupámos os componentes de ID em 7 categorias de ativos por impostos diferidos (AID) e 6 categorias de passivos por impostos diferidos (PID), em função da natureza das transações que lhes deram origem. Os resultados da investigação revelaram que os investidores atribuem valor relevante a: 1) ativos por impostos diferidos originados por prejuízos fiscais, fundos de pensões, ativos fixos tangíveis, intangíveis e outros e efeitos de consolidação; e 2) passivos por impostos diferidos originados por fundos de pensões, instrumentos financeiros e outros. À exceção dos AID originados por ativos fixos tangíveis, intangíveis e outros e dos PID originados por fundos de pensões, os resultados revelaram que os investidores valorizam estes AID (PID) da mesma forma que outros ativos (passivos) Isto é, esperando que estes AID (PID) resultem em poupança fiscal futura (agravamento fiscal futuro), com um consequente impacto na distribuição de resultados futuros. Verificámos também que o preço das ações é: 1) negativamente associado aos AID originados por ativos fixos e outros, o que poderá evidenciar que os investidores acreditam que as perdas de justo valor dos ativos serão revertidas aquando da recuperação do setor imobiliário; e 2) positivamente associado aos PID originados por fundos de pensões, o que poderá indicar que os investidores também consideram que estes PID serão corrigidos.


Trabalho final de Mestrado