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Independência dos auditores portugueses: o efeito cultural

Aluno: Bruno Miguel Braia Pinheiro


Resumo
Este estudo pretendeu analisar a importância dos factores que afectam a independência dos auditores , em dois cenários e em fase de realização dos trabalhos de auditoria. O primeiro cenário (caso 1) está relacionado com a pressão de tempo em face do prazo de entrega do relatório de auditoria, enquanto que o segundo (caso 2) se refere à relação próxima com o cliente de auditoria. A amostra é composta por 100 auditores que exercem actividade em Portugal. No caso 1, os resultados sugerem que a importância da confiança dos accionistas na profundidade da auditoria foi o principal e único factor com poder explicativo sobre a decisão de fazer mais trabalho de auditoria antes de assinar o relatório de auditoria. No caso 2, os resultados sugerem que a obrigação do auditor de servir como representante independente na investigação de todas as questões relevantes foi o principal factor com poder explicativo sobre a decisão de fazer mais trabalho de auditoria antes de assinar o relatório de auditoria. Nos dois cenários, os resultados sugerem que não existe associação entre a construção de individualismo de Hofstede (1991) e a decisão do auditor de efectuar trabalho adicional de auditoria. A média dos factores do colectivismo é ligeiramente superior à média dos factores do individualismo, sugerindo uma ligeira tendência dos auditores portugueses para serem colectivistas. Verificámos, por análise de regressão linear, que as características sociodemográficas, em ambos os casos, não influenciam a probabilidade de fazer trabalho adicional antes de assinar o relatório de auditoria.


Trabalho final de Mestrado