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São as empresas privadas mais rentáveis do que as empresas públicas? Caso Europeu

Aluno: LuÍs Miguel Guedes Rodrigues


Resumo
Existe a ideia generalizada de que as empresas públicas obtêm performances inferiores em relação às suas congéneres privadas. Grande parte da literatura afirma que existe uma diferença de rendibilidades entre as empresas públicas e as empresas privadas sendo que estas últimas são mais rentáveis. A literatura aponta dois principais factores para esta diferença de rendibilidade: a falta de concorrência a que as empresas públicas estão sujeitas e o próprio facto de as empresas públicas pertencerem aos seus respectivos Estados O objectivo deste trabalho é ter uma visão actual, alargada e Europeia sobre esta temática e também explorar mais algumas hipóteses sobre o número de activos, de trabalhadores, sobre a percentagem de controlo do Estado das empresas públicas ou como a crise afectou a rendibilidade, ou se a zona da Europa onde a empresa pública se situa afecta a sua rendibilidade. A amostra é constituída por 11083 empresas, (3064 empresas públicas e 8019 empresas privadas) espalhadas por toda a Europa e com um período de 9 anos. Os resultados confirmam o que a literatura maioritariamente afirma, ou seja, as empresas públicas são menos rentáveis que as empresas privadas. Além disso conclui-se que as empresas públicas empregam mais trabalhadores, que as empresas públicas da Europa Ocidental são mais rentáveis e que um maior controlo dos Estados nas suas empresas irá prejudicar a rendibilidade destas. Os resultados mais surpreendentes foram o facto de as empresas públicas não terem sido afectadas pela crise e o facto de que as empresas privadas terem mais activos.


Trabalho final de Mestrado