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A utilização de incentivos financeiros em regiões ultraperiféricas

Aluno: Djessyh Edjiza Dias Dos Anjos


Resumo
Apesar das PMEs serem diferentes das grandes empresas em termos de incerteza, inovação e evolução (Garengo et al., 2005) e apesar da importância que as PMEs têm para a economia em termos de emprego e da criação de valor, os estudos em Contabilidade de Gestão relativamente a esse tipo de empresas são ainda muito escassos (Mitchel & Reid, 2000). Estudos anteriores referem-se essencialmente à adoção de SCG e a utilização de práticas de Recursos Humanos (Baron et al., 1996; Helmman & Puri, 2002; Davila & Foster, 2007), tendo-se encontrado apenas uma única referência relativamente à utilização de incentivos financeiros nos contratos de remuneração dos gestores de PMEs Portuguesas (Calmic, 2012). Este estudo contribui para a literatura existente, pondo em evidência a relação que existe entre a percentagem de incentivos atribuída aos gestores com a envolvente externa e com as características do gestor nas regiões ultraperiféricas, por comparação com outras regiões. Estas regiões apresentam uma configuração interessante devido ao seu isolamento físico e económico e à limitação no acesso ao capital humano. Utilizando dados de questionários respondidos por 2.369 CEOs e CFOs de PMEs localizadas nos Açores e na Madeira (122) e no Continente (2.247), verificou-se que existe uma relação positiva entre a atribuição de incentivos com a PEU e negativa com o grau académico, formação em CEF e com a experiência profissional. Verificou-se também que as mulheres recebem maior percentagem de incentivos que os homens.


Trabalho final de Mestrado