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A GOVERNANCE DAS FORÇAS ARMADAS NO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO MILITAR

Aluno: Diogo Do EspÍrito Santo Moreno


Resumo
A restrição de recursos ameaça o cumprimento das Missões das Forças Armadas portuguesas, o que criou a necessidade de obter ganhos de eficiência através do aumento da integração dos Ramos. No entanto, a literatura destacou vários problemas ao nível da governação das Forças Armadas que têm vindo a ameaçar a eficácia desta integração. Por este motivo, este estudo pretende diagnosticar o nível de adequação do modelo governativo das Forças Armadas portuguesas no âmbito do Planeamento Estratégico Militar face às suas necessidades presentes e futuras. O estudo seguiu um raciocínio indutivo, com uma abordagem mista, através de uma estratégia de estudo de caso. Foi suportado por entrevistas estruturadas e semiestruturadas (15 respostas), um inquérito por questionário (97 respostas) e análise documental. A amostra dos participantes inclui militares e civis com funções no Planeamento Estratégico Militar ou na gestão de recursos financeiros. Os resultados evidenciam um modelo governativo predominantemente clássico de Public Administration que não se encontra suficientemente adequado para responder às necessidades integrativas das Forças Armadas. Este estudo permite identificar os principais obstáculos à integração dos Ramos e medidas que os poderão minimizar, e serve ainda como evidência empírica quer para validar a relevância de modelos governativos que incentivem a colaboração em redes interdependentes quer para validar o impacto que fatores não-racionais (como a cultura organizacional) podem ter na governação de entidades públicas.


Trabalho final de Mestrado