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Lei de Benford e detecção de fraude contabilística: aplicação à indústria transformadora em Portugal

Aluno: Maria JoÃo MaurÍcio Ferreira


Resumo
Sendo a fraude um tema crítico e por vezes factor de distorções muito relevantes, ao nível do relato contabilístico das organizações, justifica-se a crescente preocupação dos vários stakeholders que, directa ou indirectamente, estão relacionados com essas mesmas organizações. A informação contida nas demonstrações financeiras tem que ser fiável por vários motivos consoante os utilizadores. Os accionistas para decidirem como aplicar o seu dinheiro, os empregados para saberem se fazem parte de uma organização financeiramente saudável, os fornecedores para saberem se podem vender a mercadoria a prazo, os bancos para poderem atribuir crédito, entre outros. Neste campo os auditores têm um papel fulcral de apoio e certificação da informação contida nessas demonstrações financeiras. Mas cada vez mais é necessário que a auditoria seja efectuada a um número maior de registos contabilísticos para garantir a fiabilidade da mesma, aumentando para isso a amostra, consumindo tempo e recursos. É neste sentido que a Lei de Benford pode ser um contributo de valor acrescentado, uma vez que permite a análise de grandes quantidades de dados de uma forma simples, rápida e eficaz, com os recursos informáticos que existem à disposição nos nossos dias. Este trabalho visa precisamente explorar e mostrar que esta teoria aplicada às empresas portuguesas, é de facto uma mais-valia que poderá ser um contributo importante na prevenção e detecção de fraudes, ou apenas para identificar erros e duplicações nos registos contabilísticos.


Trabalho final de Mestrado