Aluno: AmÉrico Leandro GonÇalves Azevedo
Resumo
Desde a independência do continente, África tem recebido especial atenção para o seu
desenvolvimento e crescimento. A primeira tentativa, através do denominado “Consenso de
Washington”, foi trazida pelos países do Ocidente e focada em ideais de liberalização,
desregulação e privatização. Estas ideias aplicadas em democracias tão recentes e Estados
ainda frágeis demonstraram-se ineficazes. Este falhanço rompeu a já pouca confiança que o
continente tinha para com os governos ocidentais e permitiu que novos atores no campo do
desenvolvimento pudessem emergir, especialmente numa Cooperação Sul-Sul. A partir do
novo século, a China começou a aprofundar as suas relações com o continente africano,
apresentando-se como uma alternativa ao já fatigado modelo de desenvolvimento tradicional.
A não-condicionalidade, o respeito e a história mútua anti-colonialista tornavam o gigante
asiático um parceiro cativante para África. A China era assim colocada sobre escrutínio pelos
tradicionais doadores quanto à forma como atuava no espaço africano. O Consenso de
Pequim, assim denominado para contrastar o Consenso de Washington, viria a contestar a
influência ocidental em África e contribuir para a bipolarização entre as duas principais
potências.
Trabalho final de Mestrado