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O impacto das ameaças híbridas no contexto de Estados frágeis em África: as respostas da União Europeia à crise de desinformação no Mali

Aluno: InÊs De Sousa Pinto


Resumo
O fim da Guerra Fria veio complexificar o sistema internacional e as relações que nele decorrem entre os vários atores, sendo estes Estatais ou não. O avanço tecnológico e a melhoria dos seus meios têm acelerado o processo de globalização e a crescente dependência entre atores, pelo que esta complexificação de relações têm colocado os Estados sujeitos a novos tipos de ameaças. Este cenário tem colocado o conceito de segurança no debate internacional, acabando por existir uma necessidade de ajuste ao conceito destas ameaças. Operando na zona cinzenta, as ameaças híbridas tornam-se difíceis de detetar, prevenir e responder, pelo que torna o conceito de segurança cada vez mais complexo. A desinformação tem constituído uma arma de guerra tanto nas democracias como em regimes que se encontram em processo de democratização. Devido à fragilidade dos seus Estados, África tem sido particularmente vulnerável à desinformação pela escassez de recursos em combatê-la. No caso do Mali, a desinformação tem sido uma ameaça no contexto autoritário do Estado, sobretudo pela influência do Grupo Wagner. Esta ameaça tem comprometido o desenvolvimento do Estado naquela que é a tentativa em transitar para um regime democrático, bem como as operações militares em curso que têm como objetivo assegurar a paz e a segurança, tanto no âmbito da UE como da ONU. Tanto a NATO como a UE têm vindo a desenvolver trabalho no combate às ameaças híbridas e concretamente à desinformação, existindo por isso, a possibilidade de se criar uma relação com a União Africana neste sentido, com o objetivo de apoiar os seus Estados-Membros a combaterem estas ameaças.


Trabalho final de Mestrado