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OS COMUNS GLOBAIS E OS BENS PÚBLICOS GLOBAIS NA NOVA VISÃO DE COOPERAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS: UMA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO DO RELATÓRIO “NOSSA AGENDA COMUM”

Aluno: Juliana Alves Soares


Resumo
A Agenda 2030, projetada para enfrentar desafios globais contemporâneos e futuros, encontra-se em um momento de crise. Os problemas já conhecidos, como pobreza, discriminação e violência, estão sendo exacerbados pelos impactos devastadores das mudanças climáticas, guerras e ameaças à saúde global. Para revitalizar o multilateralismo e abordar esses desafios em grande escala, as Nações Unidas em 2021 propuseram uma nova visão de contrato social, que seria capaz de fornecer “bens públicos globais” e proteger os “comuns globais”. Esta dissertação analisa o uso desses termos, conforme apresentados no relatório Nossa Agenda Comum, o primeiro documento publicado pela organização que responde à essa nova visão. A pesquisa inclui um levantamento e diferenciação desses conceitos, destacando as perspectivas de autoras influentes, Inge Kaul e Elinor Ostrom. Além disso, é realizada uma Análise Crítica do Discurso, baseada na metodologia de Norman Fairclough, que examina o relatório, num esforço de identificar problemas semióticos e obstáculos relacionados. Conclui-se que há uma “permissão de ambiguidade” que omite as trajetórias sociais e políticas de cada conceito e leva a fragilização da própria agenda, reforçada por uma série de barreiras. A recomendação para enfrentar este problema será o aprofundamento em uma das áreas de estudo advinda das teorias de Ostrom.


Trabalho final de Mestrado