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Migrações Circulares na União Europeia: Gestão e Cooperação com Países Terceiros.

Aluno: Anabela Rodrigues Amaro


Resumo
Numa era de globalização, onde a mobilidade se torna por vezes sinónimo de circularidade, as migrações circulares têm vindo a ser constantemente referenciadas nos discursos políticos da atualidade como um conceito com potencial estratégico, tendo em conta os novos padrões das migrações internacionais. Trata-se de uma estratégia que deve beneficiar tanto os países de origem, como os países de chegada, bem como os migrantes que integram nestes fluxos, fazendo ressurgir as teorias que defendem os benefícios das migrações para o desenvolvimento. Porém, as migrações circulares não geram consenso em termos conceptuais e são estatisticamente invisíveis. Para além disso, segundo autores, são ineficazmente geridas e problematicamente transformadas numa buzzword. A União Europeia constitui um espaço geográfico no qual a circulação interna de indivíduos parece constituir um elemento de coesão, embora com alguns casos pontuais de divergência. Contudo, a circulação de indivíduos provenientes de países terceiros depara-se com o fechamento quase completo das fronteiras externas da União. A cooperação internacional com países terceiros parece falhar pela sua visão política de curto prazo, mas também pela falta de uma framework partilhada para a gestão das migrações, para a construção de parcerias para a mobilidade e para a resolução de incoerências em campos de ação concretos, como o caso das migrações circulares e das parcerias para a mobilidade circular.


Trabalho final de Mestrado