Aluno: Roberto Miguel Andrade Silva
Resumo
Após abandonar o bloco jugoslavo em 1991, a Eslovénia procurou distanciamento do teatro violento de desintegração de estados experienciado nos Balcãs ocidentais, direcionando a sua estratégia de política externa para a integração nas instituições euro-atlânticas. O virar do milénio e o cumprimento dos objetivos de plena adesão à UE e ao bloco da NATO deixariam a Eslovénia sem um propósito claro de direcionamento externo. Consciente da sua condição de pequeno estado, reviu-se na sua experiência histórica, proximidade geográfica e ambiente normativo interno e externo para formular uma nova estratégia de política externa com vista à cooperação para o desenvolvimento dos Balcãs ocidentais.
Através da revisão literária e da análise crítica a algumas das iniciativas eslovenas neste campo, procura-se auferir se a cooperação eslovena tem apresentado capacidade para fomentar o processo de desenvolvimento e integração europeia destes países; quais as suas condições estratégicas como pequeno estado e que entraves se levantam à atribuição de uma maior voz aos seus decision-makers neste processo.
O presente documento argumenta que a Eslovénia contribuiu até certa medida para a perspetiva europeia da região, mostrando-se capaz de fomentar o seu desenvolvimento através de uma estratégia de política externa que procurou - mantendo em vista a consecução dos seus próprios interesses - um papel de intermediação entre a UE e os países dos Balcãs ocidentais.
Trabalho final de Mestrado