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Estimação de elasticidades constantes: Deveremos logaritmizar?

Aluno: Fabio Alexandre Campos


Resumo
Há muito que os Economistas ignoram as implicações da desigualdade de Jensen. Na estimação de modelos económicos não lineares, a prática habitual consiste em log-linearizar o modelo. Para que este procedimento seja válido é necessário assumir um conjunto de hipóteses que na realidade revelam-se muito restritas. Neste trabalho, e seguindo de perto a abordagem de Santos Silva e Tenreyro (2006), procura-se analisar as implicações inerentes à estimação de elasticidades constantes a partir do modelo não linear e do seu equivalente linear. Estas implicações serão analisadas dos pontos de vista teórico e empírico. Do ponto de vista teórico, demonstra-se que a prática de estimar modelos linearizados pode levar a estimativas enviesadas. Por outro lado, a aplicação empírica, não conduz a uma conclusão tão assertiva. Todavia, a complexidade dos métodos de estimação de modelos não lineares torna a sua utilização menos atractiva face ao OLS. No entanto, as razões teóricas são suficientemente fortes para se concluir que o modelo não deverá ser logaritmizado. Contudo, tal decisão cabe em última análise naturalmente ao utilizador, e caso este decida não logaritmizar deverá ter em conta as respectivas implicações, realizar todos os testes de especificação disponíveis e interpretar e analisar as estimativas obtidas com cautela.


Trabalho final de Mestrado