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The post-2007 financial crisis and the Portuguese banking industry: A case study

Aluno: Rui Diogo Vieira Baptista


Resumo
O presente estudo de caso tem como objectivo analisar o papel do sistema bancário Português na actual crise económica Portuguesa. Os factos revelam a existência de uma crise bancária Portuguesa, com início em 2008 e que precedeu a actual crise económica. Sugere-se que a crise bancária Portuguesa pode estar relacionada com a adesão de Portugal ao Euro, que eliminou o risco cambial, na zona Euro. Após a adesão ao Euro, os bancos Portugueses intensificaram o seu endividamento junto do exterior, atingindo no final de 2007, um total de 82,0% do PIB nominal, de passivo junto de instituições financeiras estrangeiras. Esta situação contribuiu para uma bonança de fluxo de capitais, injectando liquidez na economia, sustentando uma fase expansionista de empréstimo e de aumento do consumo pelo crédito. Após esta fase, Portugal entrou numa fase de contracção e posteriormente de falha, em linha com estudos publicados anteriormente e originando uma crise bancária e económica. Ambas as crises foram amplificadas devido à crise das dívidas soberanas na Europa e ao programa de resgate a Portugal. Considerando indicadores utilizados para estudar crises bancárias noutros países, esta tese identifica uma crise bancária Portuguesa, marcada por quatro episódios distintos. Nomeadamente, 1) corrida aos depósitos de dois bancos e a nacionalização de um desses bancos em 2008; b) a falência do outro banco em 2010; c) garantias públicas de aproximadamente 6,9% do PIB nominal aos principais bancos Portugueses, em 2011; d) custos públicos de recapitalização dos principais bancos Portugueses, de aproximadamente 4,0% do PIB nominal, em 2012.


Trabalho final de Mestrado