Search button

DIVERSIDADE DE EQUIPAS DE GESTÃO DE TOPO E INOVAÇÃO AMBIDESTRA

Aluno: Joana Laia Dias


Resumo
Devido à sua relevância teórica e prática, a investigação sobre a inovação ambidestra (exploratory e exploitative innovation) tem ganho destaque. No atual contexto empresarial, de rápidas mudanças e elevada competitividade, as organizações devem olhar constantemente para o presente, ou seja, para as suas capacidades existentes, ao mesmo tempo que olham para o futuro, explorando novas oportunidades de crescimento. Esta dissertação foca-se em avaliar de que forma a diversidade nas equipas de gestão de topo influencia estes dois tipos de inovação, bem como o papel moderador de fatores como visão partilhada, coesão, conflito (de tarefa e relacional) e eficácia coletiva nesta relação. Após a revisão da literatura foi definido um modelo conceptual de estudo, que foi testado empiricamente através da aplicação de um questionário online que obteve 102 respostas válidas de gestores de topo. A análise dos dados reunidos foi realizada pelo método dos mínimos quadrados parciais (PLS). No Modelo “a”, verificou-se que a diversidade de género tem algum efeito negativo a desempenhar na inovação exploratory. Verificamos também alguma significância para o efeito moderador negativo do dinamismo de mercado e da eficácia coletiva na relação entre a diversidade de género em equipas de gestão de topo e a inovação exploratory. No Modelo “b”, destacamos a relação positiva e significativa entre o dinamismo de mercado e a inovação exploitative. Isto sugere que em mercados dinâmicos, onde as mudanças são rápidas e frequentes, a inovação exploitative é potenciada, possivelmente devido à necessidade de adaptação rápida das empresas. Verificamos também que a visão partilhada mostrou uma relação positiva e significativa com a inovação exploitative. A presença de uma visão partilhada pode facilitar uma direção clara e coesa, facilitando assim a inovação direcionada e eficiente. O público-alvo deste estudo é composto por gestores de topo com idade superior a 18 anos que integram equipas de gestão de, no mínimo, dois membros. Esta delimitação assegurou que apenas gestores de topo que pertencessem a uma equipa contribuíssem para o estudo, destacando-se as dinâmicas e características específicas desse coletivo e reforçando a precisão e pertinência dos resultados obtidos.


Trabalho final de Mestrado