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Análise comparativa da resposta da União Europeia e dos EUA à crise Covid-19

Aluno: Ana Sofia Silva Da Costa


Resumo
Com a emergência da crise Covid-19 em 2020, a atividade económica mundial entrou num coma induzido devido à implementação de medidas de saúde pública e de controlo do vírus. Face a isto, a população deparou-se com a impossibilidade de consumo, forçando as empresas para produzirem a baixo da sua capacidade de produção devido à fraca procura. Simultaneamente, o investimento caiu a pique, enquanto que o temor pelo aumento do desemprego aprontou-se a surgir. Uma crise social e económica parecia iminente. No entanto, rapidamente surgiram as primeiras respostas fiscais da parte dos governos para contrariar uma espiral recessiva, apoiadas por políticas monetárias expansionistas. Ora, o presente trabalho pretende analisar e comparar as respostas fiscais e monetárias aplicadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, durante o período da crise Covid-19, ou seja, entre 2020 e 2021. Desta forma, foi descrito o contexto macroeconómico pré-Covid-19, partindo posteriormente para uma análise individual das respostas fiscais das duas economias e, por fim, das respostas monetárias. Realizou-se ainda uma breve análise ao período de crescimento pós-Covid-19. Em ambas economias verificou-se um papel pivot das políticas fiscais para evitar uma recessão económica, num contexto de armadilha de liquidez, apesar do indispensável suporte das políticas monetárias. Ironicamente, durante a crise Covid-19, as extraordinárias poupanças das famílias levaram ao aumento de depósitos a prazo que, por sua vez, permitiu a que os bancos criassem reservas para re-empréstimo aos governos. Destaca-se ainda a resposta inovadora da União Europeia, enquanto ação conjunta de emissão de títulos de dívida pública comuns. Apesar da recentidade dos fenómenos, conclui-se a eficácia das medidas aplicadas para amparar a queda do PIB, apesar do risco inflacionário.


Trabalho final de Mestrado