“A inserção do dever de diligência em matéria de sustentabilidade na indústria do Fast Fashion: Modern Slavery nas cadeias globais de valor e o contexto europeu”

A globalização, no seu abrangente catálogo de benefícios, promoveu a deslocalização (Outsourcing) de fases menos sofisticadas da produção para países onde os custos são relativamente mais baixos, o que proporcionou condições idílicas para as multinacionais proliferarem. Contudo, na generalidade das indústrias, o seu crescimento não foi sustentado e gerou diversos spillovers. O Fast Fashion, caso exemplificativo do supramencionado, representa parte da indústria de um dos bens mais consumidos globalmente e que constantemente tem contribuído para perpetuar violações dos direitos humanos e sobre-exploração de recursos naturais, representando diversas ameaças à sustentabilidade. O objetivo deste trabalho prende-se com a avaliação da eficiência das práticas regulatórias europeias no seio do mercado interno, nas demais legislações e nos agentes microeconómicos. Este último desintegra-se essencialmente na interação consumidor-produtor como vetor fulcral para a hipotética mudança de paradigma na indústria do Fast Fashion.