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Convergência das Estruturas de Vantagens Comparativas de Portugal com a Zona Euro entre 1995 e 2018

Aluno: Nuno Manuel Moreno Carrasco


Resumo
O objetivo da presente dissertação é analisar o processo de convergência do padrão de vantagens comparativas de Portugal com a Zona Euro a 19 (EA19), no período de 1995 a 2018. Isto é, pretende-se verificar se essa (desejada) convergência se acentuou ou atenuou num período marcado por importantes alterações sistémicas (entrada em funcionamento do sistema euro) e perturbações estruturais que afetaram muito significativamente a economia portuguesa (crise das dívidas soberanas e consequentes resgates financeiros). A análise levada a cabo sustenta-se em informação estatística da base de dados OCDE – TiVA, sobre fluxos comerciais. Utilizou-se o Índice de Vantagens Comparativas Reveladas (IVCR) de Balassa em 3 versões: i) Valor Bruto das Exportações; ii) Valor Acrescentado Nacional incorporado nas exportações e iii) Valor Acrescentado Nacional dirigido à Procura Final Externa. Estas duas últimas opções pretendem colmatar os problemas associados à utilização do valor das Exportações Brutas, sobretudo a dupla contagem, mas também obter uma visão diferenciada da economia e dos seus sectores chave. Concluiu-se que, ao contrário do expectável e desejável e de se ter registado um crescimento nominal e em percentagem do PIB das exportações portuguesas no período em apreço, a trajetória de convergência da estrutura de vantagens comparativas reveladas (VCR) da economia portuguesa com a EA19 perdeu ímpeto na sequência da adesão ao Euro e parece mesmo ter sido interrompida na sequência dos choques decorrentes da crise de 2008/2009.


Trabalho final de Mestrado