Aluno: Ana Cristina Barbosa Gomes Da Silva
Resumo
A economia mundial está em mutação, tendência resultante das dinâmicas impostas pela globalização que transformou um mundo bipolar em multipolar, onde emergem agora novos protagonistas e novas parcerias estratégicas. Neste enquadramento, a dissertação compara as evoluções económicas da Alemanha e da China entre 1980 e 2011 e analisa as relações bilaterais sino-alemãs de comércio e IDE, procedendo: (i) à revisão teórica dos conceitos de crescimento económico, convergência, globalização, relações económicas internacionais e competitividade; e (ii) à análise de indicadores, entre os quais, macroeconómicos, setoriais, demográficos, competitividade, comércio e IDE.
A capacidade de adaptação às exigências da globalização e os fatores competitivos nacionais são a base do sucesso destas performances. Com diferentes maturidades económicas, a Alemanha (gigante histórico) e a China (gigante emergente) estão entre as maiores economias do mundo e partilham a apologia histórica da industrialização, a estabilidade macroeconómica, a liderança do comércio internacional e o estatuto de economias superavitárias. Distinguem-se, designadamente, pelos ritmos de crescimento, pela posição líquida de investimento no estrangeiro, pela política cambial, pela composição da procura interna e pelo perfil de comércio internacional.
As relações bilaterais demonstram uma parceria estratégica no comércio e no IDE com lucros recíprocos, afigurando-se, contudo, novos desafios resultantes do surgimento de argumentos de concorrência mútua e da reconfiguração da economia mundial.
O estudo assume particular interesse perante a ainda reduzida panóplia de análises comparativas entre as economias alemã e chinesa e face a possibilidade de outras economias retirarem lições destas experiências de crescimento e cooperação económica.
Trabalho final de Mestrado