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A Política monetária do Federal Reserve (2001-2019): uma visão austríaca

Aluno: Lucas AndrÉ Marques Queiroz Albuquerque


Resumo
Este trabalho tem como objetivo descrever, segundo a Escola Austríaca de Economia, como os governos (sobretudo através dos bancos centrais) geram crises e enfraquecem a economia ao longo do tempo. O caso analisado é a política monetária do Federal Reserve (Fed) ? banco central dos EUA ? no período 2001-2019. Os economistas austríacos defendem que a taxa de juros é um fenómeno real que reflete a taxa de preferência temporal presente nos indivíduos. A interferência dos bancos centrais na taxa de juro provoca uma distorção na alocação de recursos e a maus investimentos (não sustentáveis) que eventualmente terão de ser liquidados por uma recessão, processo através do qual a alocação de recursos se alinha à real taxa de preferência temporal presente na sociedade. A análise da política monetária do Fed é dividida em dois períodos: 2001-2008 e 2008- 2019. No período 2001-2008 é demostrado como as intervenções do Fed na taxa de juro, provocaram a bolha imobiliária e a crise de 2008. No período 2008-2019 são demostradas as principais mudanças na política monetária do Fed e como este evitou uma recessão mais intensa ao manter a taxa de juros no patamar próximo a 0% (Zero Percent Interest Rate Policy - ZIRP) por um longo período e ao realizar QE (Quantitative Easing) e QL (Qualitative Easing), apreciando artificialmente os ativos financeiros. Porém, ao fazê-lo, enfraqueceu a economia, que passou a ser mais dependente de taxas de juro artificialmente baixas e mais vulnerável a crises de liquidez.


Trabalho final de Mestrado