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O Fenómeno da Deflação na Zona Euro e a Política Monetária Não Convencional

Aluno: Enya Maria Dirr


Resumo
Todas as referências sobre as quais a Zona Euro se ergueu foram postas em causa no dia em que se iniciou a crise. O choque inicial teve início com a chamada crise do suprime nos Estados Unidos tendo-se alastrado globalmente afetando, de forma particular, a União Europeia. Esta ganhou uma dinâmica própria na sequência de problemas estruturais já existentes na União, que vieram ao de cima, impedindo-a de dar uma resposta coerente aos problemas da crise conjuntural. O presente estudo justifica-se pelas mudanças que se fizeram sentir desde então. Pode-se mesmo classificar o período iniciado de transformador, inovador, extravagante ou, simplesmente, incomum, no quadro do que tem sido a evolução da zona euro. Várias ocorrências atípicas se sucederam: estagflação seguida de deflação, taxas de juro nulas e medidas extraordinárias de política monetária. O foco do presente trabalho recai sobre o fenómeno da deflação e das medidas extraordinárias de política monetária, incluindo as taxas de juro nulas e o que daí resulta. Assim, pretende-se dar resposta à questão se as medidas não convencionais do Banco Central Europeu conseguiram dar resposta ao fenómeno da deflação (e taxas de inflação muito reduzidas) recuperando a estabilidade de preços. Para isso, utiliza-se uma abordagem teórico-descritiva, assente numa análise de alguns indicadores, posteriormente analisados de forma qualitativa. Concluiu-se que, apesar das medidas inovativas, a abordagem do BCE não conseguiu até agora dar resposta aos problemas essenciais vividos pelos Estados-Membros da Zona Euro, nomeadamente, o da estabilidade de preços.


Trabalho final de Mestrado