Aluno: LuÍs Filipe Da Silva Malhadinhas
Resumo
Hodiernamente, é sabido que a União Europeia encontra-se a perder terreno para outras latitudes, em diversas indústrias. O setor dos produtos químicos é um desses casos. Em 2018, os países da UE apresentaram um excedente comercial de 152.580 milhões de euros. Contudo, a sua quota de vendas mundiais caiu significativamente de 26,5%, em 2008, para 16,9%, em 2018. A presente dissertação pretende aferir a especialização dos Estados Membros da UE relativamente a este setor, bem como analisar para que geografia está a UE, no seu todo, a perder competitividade ? ou o que resta dela. Para atingir o objetivo, recorremos ao indicador de comércio das Vantagens Comparativas Reveladas, para analisar se os sócios europeus apresentam vantagens comparativas para com os nove maiores parceiros comerciais da UE no tangente aos produtos químicos: Estados Unidos da América, Rússia, Suíça, Turquia, China, Brasil, Japão, Singapura e Índia. Ademais, utilizou-se o Índice de Especialização de Krugman, para averiguar a estrutura industrial dos países. Decorre do presente estudo que as vantagens comparativas da UE face aos países selecionados são duais, dependendo com quais países se compara, e a pouca competitividade europeia assenta fortemente na Irlanda. Igualmente relevante é a suspeita de que a integração europeia é benéfica neste setor. Contudo a análise aqui efetuada não dá uma perspetiva clara sobre o panorama vigente. No âmbito da corrente discussão relativa à política industrial da União, o setor dos produtos químicos deve ser, assim, um dos alvos de reorientação.
Trabalho final de Mestrado