BREXIT E A DESINTEGRAÇÃO EUROPEIA

Ao fim de quase 45 anos de permanência, através de um referendo realizado no dia 23 de Junho de 2016, o povo britânico decidiu sair da União Europeia. Se a União Europeia que até agora evoluía através do aprofundamento de poderes e do alargamento territorial com a inclusão de novos Estados Membros, a saída de um Estado Membro seria uma situação inédita na história europeia. Como todos os momentos inéditos na história, o futuro da UE e em particular o do Reino Unido tornou-se ainda mais desconhecido e imprevisível. Perante este desconhecido perspectivou-se um cenário de fracasso e de grande fragilidade para o Reino Unido que ficaria agora isolado e rodeado de países integrados na UE. Com esta dissertação pretendeu-se através da análise comparativa da performance da economia do RU e da UE nos últimos 15 anos e da análise da resposta do Reino Unido e da União Europeia à pandemia COVID-19 compreender se de facto verificamos um RU tão fragilizado quanto se perspectivava. Apesar da dificuldade em distinguir o impacto do Brexit e da pandemia na economia britânica, até ao início de pandemia observamos a manutenção do seu ritmo de crescimento e acompanhamento da economia da UE. Na resposta à pandemia o RU surpreendeu com uma melhor capacidade de resposta no âmbito da vacinação em comparação com a UE. Concluindo-se que após Brexit o RU não saiu tão fragilizado quanto se esperava.