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A Financeirização das Economias no contexto da União Económica e Monetária: O caso português

Aluno: Nuno Miguel Dionisio Pote


Resumo
Desde os anos 80 que o mundo tem sofrido importantes transformações económicas com a crescente utilização do sistema financeiro. A união entre estes dois, revelou-se benéfica até 2008, aquando da crise financeira internacional. Mais tarde, os benefícios voltaram a ser postos em causa com a crise das dívidas soberanas da Zona Euro. Neste contexto, a dissertação afere a evolução do sistema financeiro, ou financeirização, da economia portuguesa entre 1995 até 2016, comparando esta evolução com dois países da Zona Euro, a maior economia da Zona Euro ? Alemanha, uma economia vizinha com características muito semelhantes ? Espanha, e um pertencente apenas à União Europeia, bem como uma das maiores economias ? O Reino Unido. De modo geral, todos os países em análise registam uma evolução positiva nos indicadores em análise, o que demonstra que ao nível europeu houve realmente um crescimento do setor financeiro no peso da economia dos países, com algumas diferenças pontuais entre os mesmos. É de realçar, a remuneração do capital, tanto no sistema financeiro como no imobiliário, mas em especial no seu conjunto, chegando a atingir valores entre os 18 e os 42,5 por cento, indicador indiscutível na medição do nível de financeirização da economia. Sublinha-se, igualmente, que apesar dos indicadores, no caso português, convergirem para um aumento da financeirização da economia portuguesa, o peso dos juros das sociedades financeiras no excedente da exploração somando o rendimento misto, representam ainda um nível abaixo do esperado, tendo em conta o grau de financeirização da economia portuguesa.


Trabalho final de Mestrado