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O processo de internacionalização da Endesa - reflexos no Mibel e na União da Energia.

Aluno: Vasco Correia Coutinho


Resumo
As dinâmicas da liberalização iniciadas em 1990 provocaram uma grande transformação no setor elétrico viabilizando a abertura à concorrência, reorganização do setor elétrico, institucionalização da regulação independente, integração de mercados e harmonização regulatória. Na sequência destas reformas, foram criados mercados regionais, como o MIBEL, contribuindo para intensificar a concorrência, revelando-se como soluções intermédias adequadas tendo em vista a consolidação, a longo prazo, da União da Energia. Face a este contexto, pretende-se responder a três questões: Quais os reflexos das reformas no setor elétrico na formulação das estratégias empresariais? Qual o poder explicativo das teorias da internacionalização no envolvimento internacional da Endesa? De que forma a internacionalização da Endesa se refletiu na concorrência noutros mercados e, nomeadamente, em Portugal? O processo de liberalização contribuiu para reduzir as barreiras às transações de energia e fluxos de investimento, criando um ambiente competitivo incentivador da internacionalização das empresas da energia, como é o caso da Endesa. Por outro lado, as teorias permitem explicar, em geral, as estratégias de envolvimento internacional da Endesa, sendo de sublinhar um aspeto transversal às diferentes teorias: os processos de internacionalização nos diferentes países são graduais, diversificando as suas atividades ao longo da cadeia de valor e/ou reforçando progressivamente a sua posição acionista nas empresas instaladas no país de destino. Acresce que a proximidade geográfica e/ou cultural e linguística são fatores incentivadores da internacionalização. Finalmente, a participação ativa da Endesa no mercado português de eletricidade contribuiu para reforçar a concorrência e reduzir o poder de mercado da empresa incumbente.


Trabalho final de Mestrado