AS ROÇAS DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: DO SEU PASSADO, AO FUTURO POR REINVENTAR

As Ilhas de São Tomé e Príncipe ganharam um destaque nacional e mundial no decorrer do século XIX, que se prolongou até ao final do terceiro quartel do século passado. A razão para este destaque, esteve na produção massiva e de renome das roças de São Tomé e Príncipe, onde diversas culturas agrícolas eram exportadas para a europa, chegando a ganhar a alcunha de Ilhas do Chocolate, pela sua famosa produção de cacau. Esta dissertação fará uma abordagem histórica e económica das ilhas de São Tomé e Príncipe. Falar-se-á das ilhas até ao ciclo do cacau, passando pela explicação de como as roças foram ocupando o território e foram moldando as comunidades que nela habitavam. Da elite que ocupou as roças e da sua mão de obra precária, da independência desta região insular ao mercado do cacau, esta dissertação mais do que se centrar no passado, quer sim, projetar o futuro das ilhas. Este estudo mostra que São Tomé e Príncipe ainda tem um longo caminho a percorrer, a sua dependência externa ainda é muito presente e os fundos alocados nem sempre têm a melhor gestão. É apresentado como hipótese um projeto que volta a pôr as roças como protagonistas, com a esperança de que estas se tornem uma alavanca económica que trará benefícios não só ao combate da dependência externa, como também, e principalmente, ao melhoramento das condições das suas infraestruturas e comunidades.