Aluno: Debora Raquel Soares Da Cruz Dos Santos Martins
Resumo
Este Trabalho Final de Mestrado procura analisar se empresas cotadas em alguns índices acionistas europeus têm em conta os ratings de crédito, e respectivos downgrades ou upgrades, na tomada de decisão relativa à estrutura de capital da empresa. A hipótese afirma que as empresas que estão perto de uma mudança de nível de rating, ou seja, as empresas que têm um mais ou menos na sua classificação (e.g. A+ ou BB-), tendem a emitir menos dívida relativamente ao seu capital próprio de modo a não incorrer em custos adicionais. A base deste estudo é a Teoria CR-CS de Kisgen, apresentada no seu artigo de 2006 intitulado " Credit Ratings and Capital Structure", que incide sobre as empresas dos EUA, enquanto este estudo incide sobre empresas Europeias que constituem os índices acionistas de Portugal, Espanha, Itália, Grécia, França e Alemanha.
As principais conclusões são que as empresas Portuguesas tendem a emitir mais dívida líquida em relação ao capital próprio líquido perto de uma mudança de nível de rating (cerca de 1%, considerando instituições financeiras na amostra; cerca de 2% e 5% para os períodos de 1996 a 2011 e de 1996 a 2006, respectivamente, excluindo instituições financeiras) e as empresas italianas, incluindo instituições financeiras, tendem a emitir mais 3% de dívida líquida comparativamente ao seu capital próprio quando perto de uma mudança de nível de rating. Quanto aos outros países considerados, nenhuma relação estatisticamente significativa foi identificada, bem como considerando a amostra total (seis países), incluindo ou excluindo as instituições financeiras.
Trabalho final de Mestrado