Aluno: LuÍs Pedro Marques Martins
Resumo
Este artigo proporciona novas perspetivas sobre a existência de efeitos expansionistas durante consolidações orçamentais, na União Económica e Monetária, através do uso de dados de painel para 14 países da União Europeia entre 1970 e 2012. Recorreu-se a diferentes metodologias para determinar as consolidações orçamentais, através do saldo orçamental primário ajustado do ciclo. Foi utilizada uma abordagem ad-hoc semelhante para a determinação das expansões monetárias, de forma a incluí-las no estudo dos efeitos não-Keynesianos para diferentes rubricas orçamentais. As estimações através do modelo fixed effects para o consumo privado mostram que quando as consolidações orçamentais são acompanhadas de expansões monetárias os tradicionais coeficientes Keynesianos revertem-se no caso das despesas de consumo final do estado, transferências sociais e impostos. Os efeitos Keynesianos prevalecem quando as consolidações orçamentais não são acompanhadas de expansões monetárias. As estimações através do modelo probit sugerem que consolidações mais longas e feitas com base na despesa têm um impacto positivo no sucesso do ajustamento, enquanto se verifica o oposto para consolidações feitas à base do aumento de impostos.
Trabalho final de Mestrado