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O Impacto do Euro na Economia Portuguesa ? Que Alternativas para o Futuro?

Aluno: LuÍs Miguel Generoso Baltazar


Resumo
Decorridos 20 anos desde a criação do euro, existem elementos que permitem avaliar o impacto da adesão no desempenho da economia portuguesa. Neste sentido, o presente trabalho constitui um modesto contributo para o debate sobre os problemas da economia portuguesa, a arquitetura da União Económica e Monetária e, pretende também, projetar a discussão no quadro das alternativas futuras. Mesmo com o sucesso económico dos últimos anos, Portugal está praticamente estagnado desde que aderiu ao euro. Sem instrumentos de política monetária e com a política orçamental fortemente condicionada, as transferências de soberania para a União Europeia fizeram com que o país, e sobretudo os cidadãos, perdessem influência no processo de tomada de decisão. A rigidez institucional e a incongruência estatutária da União Económica e Monetária impedem respostas rápidas quando os choques assimétricos e as crises necessitam de respostas urgentes. O euro foi apresentado como um símbolo da integração europeia, mas como está constituída a sua arquitetura, na verdade, fez mais pela desagregação da UE do que qualquer outra ameaça. Assim sendo, é crucial reajustar a estratégia de política económica e reformar a UEM, com a finalidade de funcionar para todos os Estados-Membros. Para esse desígnio, o Estado deve assumir o papel central como promotor do crescimento económico, através de medidas concretas, alinhando a política orçamental à política monetária, mesmo além do que, porventura, já é considerado não-convencional.


Trabalho final de Mestrado