Aluno: Edgar Rodrigues Ferreira
Resumo
As alterações climáticas e o esgotamento dos recursos fósseis favoreceram a produção de energia com fonte renovável, levando à transição energética com o objetivo de neutralidade carbónica para 2050. A União Europeia, que pretende ser o primeiro continente a atingir a neutralidade carbónica, desenvolveu novas tecnologias, tais como a eólica offshore, por forma a acelerar a transição energética. Portugal apresenta um elevado potencial neste tipo de energia pela densidade de costas marítimas que dispõe.
A literatura proposta revê relatórios e roteiros estabelecidos pelo governo português e agências do setor energético, para alcançar uma economia de baixo carbono, fixando metas ambiciosas para 2030 e 2050. A intervenção do Estado é necessária para regular o setor e proteger o ecossistema marítimo, que a energia eólica offshore pode afetar pela sua instalação no mar. Esta dissertação explora o contributo das diferentes energias renováveis para a descarbonização do setor, com enfoque na eólica onshore e o peso crescente da eólica offshore, sendo esta o tema principal do trabalho final.
A análise mostra que a offshore se desenvolveu através da aposta pelos decisores políticos na inovação e desenvolvimento tecnológico. Um aumento da capacidade instalada conjugado com turbinas mais potentes resultaram num aumento da produção de energia ao longo do século. A redução do custo nivelado de eletricidade (LCOE) também se tornou importante para atrair os investidores e ganhar a confiança dos mesmos para o desenvolvimento da offshore. Conclui-se desta investigação, a competitividade da eólica offshore face aos recursos fósseis e a existência de uma real oportunidade de mercado permitindo obter benefícios socioeconómicos pela criação de emprego e crescimento económico. Os decisores políticos mundiais nomeadamente portugueses, demostraram a vontade de descarbonizar o setor energético e assim criar uma economia "azul", baixa em carbono.
Trabalho final de Mestrado