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Determinantes do Processo de Integração dos Emigrantes Portugueses no Mercado de Trabalho: uma análise a partir do rendimento médio bruto

Aluno: Mariana Alexandra Lopes Guerra


Resumo
Num novo contexto migratório internacional e após décadas de invisibilidade, a emigração portuguesa voltou ao centro das atenções, mediante o crescimento exponencial do número de saídas, a partir da década de 2010. Porém, não se trata só de números. O perfil dos novos emigrantes portugueses em muito diverge do perfil dos emigrantes do século passado e, por essa mesma razão, torna-se importante o desenvolvimento de estudos que visem compreender esta nova realidade migratória. Nesta linha de pensamento, objetivou-se, no presente trabalho, a compreensão do processo de integração dos novos emigrantes portugueses no mercado de trabalho. Para tal, procurou-se apurar os fatores que atuam como determinantes do respetivo processo de integração, sendo este medido por via do rendimento médio bruto que os emigrantes auferem, e que influência (positiva ou negativa) têm sobre o mesmo. Relativamente aos dados, recorreu-se ao Projeto de Investigação REMIGR (2013-2015), que fornece um vasto conjunto de dados sobre os novos emigrantes. Os resultados estimados permitiram concluir que a idade, o género, as qualificações, o capital social, o tempo de estadia e a língua do país de destino dos novos emigrantes são fatores que explicam significativamente o rendimento médio bruto dos mesmos. Ao nível das hipóteses, comprovou-se que ser do sexo masculino, ter um grau de ensino superior, viver há mais tempo no país de destino e residir num país de língua oficial portuguesa são atributos que afetam positivamente o rendimento médio bruto auferido pelos emigrantes, atuando como facilitadores do processo de integração no mercado de trabalho estrangeiro.


Trabalho final de Mestrado