Aluno: Tiago Miguel Gomes Portugal Dias Pereira
Resumo
Este estudo analisa a relação entre o risco climático de transição e o desempenho do
mercado acionista europeu, medido pelos retornos totais das ações, usando dados de uma
amostra de empresas cotadas pertencentes ao índice Euro Stoxx 600 entre 2006 e 2022.
São utilizados indicadores para cada um dos três drivers de risco de transição (políticas
de mitigação, mudanças de preferência e tecnologia) e uma série de variáveis de controlo.
Uma certa ambiguidade em estudos anteriores é percebida, pelo que vários métodos de
regressão são aplicados para encontrar um consenso sobre o efeito deste risco na
performance das ações europeias.
Concluímos que o fator dominante é a política de mitigação e que o impacto é
significativo, mas complexo, sofrendo de potencial endogeneidade e não linearidade.
Observa-se uma associação positiva entre as respetivas variáveis, o que é favorável à
existência de um prémio exigido pelos investidores, mas o oposto também é encontrado,
sugerindo que uma empresa que se torna mais sustentável é cada vez mais recompensada.
Este facto defende as hipóteses do desinvestimento e do carbon alpha, dada a recente
maior atenção às questões climáticas.
Trabalho final de Mestrado