Aluno: Joana Maria Alonso Gomes
Resumo
Este Equity Research tem como objetivo dar uma recomendação de investimento para as ações do
Millennium BCP a 31 de dezembro de 2025, de acordo com os critérios do relatório de research do CFA
Institute.
O Millennium BCP é uma das maiores e mais notáveis empresas financeiras portuguesas, bem como a
única empresa bancária do país cotada em bolsa. Fundado em 1985, o banco evoluiu para se tornar um
dos principais participantes no sector financeiro em Portugal, fornecendo uma grande variedade de serviços
bancários e financeiros a clientes e empresas. O Millennium BCP tem uma forte presença em Portugal e
também a nível internacional, com sucursais e operações na Polónia, Moçambique e Angola. O banco
centra-se nos segmentos de banca de retalho e de investimento, bem como em serviços internacionais. O
seu atual posicionamento estratégico visa consolidar a solidez financeira do Grupo, visando uma
rentabilidade robusta, rácios de capital sólidos e uma maior competitividade, ao mesmo tempo que procura
a sustentabilidade social.
O Millennium BCP tem uma recomendação forte de compra com um preço-alvo para final de 2025 de €0.49,
representando um potencial de valorização de 41.67% face à cotação de €0.35 a 16 de maio de 2024 e um
retorno anualizado de c. 23.87%, com risco médio.
Para a avaliação do Millennium BCP foi utilizado o modelo de Rendimento Residual de forma consolidada.
Adicionalmente, complementámos esta avaliação com outros métodos, incluindo a abordagem dos fluxos
dos capitais próprios, a avaliação por distribuição de dividendos e ainda, a avaliação por múltiplos.
Concluímos que a ação está subavaliada e que tal pode ser explicado pelo pessimismo do mercado
relativamente às tendências macroeconómicas, pela pressão da inflação e pelo risco associado à exposição
da carteira de crédito em francos-suíços. Apesar disso, o Millennium BCP alcançou marcos financeiros
significativos em 2023. O banco registou um resultado líquido recorde de 856 milhões de euros, mais do
que quadruplicando em relação ao ano anterior, e reforçou os seus rácios de capital. O desempenho robusto
permitiu ao banco propor um pagamento de dividendos de 30% do resultado líquido de 2023 aos acionistas,
marcando um regresso à distribuição de dividendos após anos consecutivos sem qualquer distribuição
devido a desafios financeiros e económicos.
Trabalho final de Mestrado