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Os determinantes da performance do sector bancário durante a crise financeira: o caso dos países do Eurosistema

Aluno: Anne-sophie Cavaco Nunes


Resumo
A presente investigação pretende estudar os determinantes internos e externos da performance do sector bancário para dois subperíodos, antes e depois da crise financeira: 2005-2007 e 2008-2009. A amostra, baseada no Bankscope, é constituída por 358 bancos representativos dos 16 países do Eurosistema. São estimados dois modelos explicativos da performance bancária, o primeiro é aplicado a cada um dos subperíodos, o segundo avalia o impacto diferencial, provocado pela crise, nos coeficientes das variáveis estudadas. A performance bancária é avaliada pelo Return On Average Asset (ROAA). Os determinantes internos testados foram o capital, a liquidez, a qualidade do activo, a diversificação da actividade, os custos e a dimensão. Os determinantes externos foram: o PIB, a inflação, o desemprego e a concentração do mercado. Os resultados empíricos destacam o efeito positivo da diversificação sobre a performance bancária. Em ambos os subperíodos, os custos, a qualidade do activo e a liquidez apresentam uma relação inversa com a performance. O capital exibe uma relação positiva, sendo que no segundo período a crise diminuiu o efeito positivo. A crise provocou uma diminuição do nível da performance média no conjunto dos países analisados, contudo, o modelo de análise do impacto diferencial não identificou evidências relativamente à relação entre a performance bancária e as variáveis macroeconómicas estudadas. Apenas a concentração apresenta uma relação com a performance bancária, no entanto os resultados não são estáveis, não evidenciando nenhuma das teorias Structure-Conduct-Performance (SCP) ou Efficiency-Structure (ES).


Trabalho final de Mestrado