Aluno: Simone Cristina De Macedo Ferreira
Resumo
Neste trabalho tentaremos testar se existe evidência de contágio no mercado obrigacionista dos já famosos, PIIGS: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, de Janeiro de 2005 a Dezembro de 2011.
Apesar do facto de começarmos por abranger todas as maturidades das yield spread, focar-nos-emos na yield spread a 5 anos e nos credit-default-swap (CDS) spreads (também a 5 anos). O motivo subjacente, assenta no facto de que os CDS a 5 anos são a maturidade mais relevante e transacionada no mercado (Wit, J. 2006), além de que, permite a comparação com o comportamento das yields spreads.
Encontramos evidência de contágio ao nível dos retornos, através de um estudo de eventos e da metodologia do Vetor Auto Regressivo. Esta primeira análise é do tipo qualitativo e apenas permite aferir padrões de comportamento. O estudo de eventos testa se as yields spreads e CDS spreads dos países em estudo tendem a reagir significativamente a downgrades de rating de outros países. O Vetor autoregressivo, fornece as funções impulso-resposta que traçam a evolução ao longo de 10 dias de cada uma das variáveis (yields e CDS spreads) de cada um dos países, após um choque inesperado nas yields ou nos CDS dos restantes países em estudo. De seguida, também em consonância com esta última metodologia, foram realizados testes de causalidade de Granger.
Por último, definimos algumas variáveis dummies e estimamos algumas regressões, de forma a abordar o tema de forma quantitativa e confirmar as conclusões tiradas anteriormente.
Trabalho final de Mestrado