Aluno: Licinia Maria Ferreira Duarte
Resumo
Nas últimas décadas tem-se investigado a existência (ou não) de uma superioridade do desempenho de fundos geridos ativamente face aos passivos, i.e., avalia-se quão valiosa é a gestão ativa. Dadas as divergentes conclusões encontradas na literatura financeira, não se encontra um consenso do valor da gestão ativa, continuando esta temática a se apresentar como atual e pertinente em Finanças. Porém, na maioria dos estudos avalia-se o desempenho dos fundos independentemente de serem verdadeiramente ativos, o que pode estar a “camuflar” o real desempenho dos fundos ativos. O presente estudo ultrapassa essa situação, uma vez que efetua a avaliação do desempenho dos fundos em função dos diferentes estilos de gestão ativa. Para tal, segue-se a metodologia de Cremers & Petajisto (2009) e utiliza-se três modelos de avaliação de desempenho (CAPM, Fama-French, 1992, 1993 e Carhart, 1997). O estudo incide numa amostra de fundos de ações portugueses, centrado nas categorias Nacionais, União Europeia e Internacionais, entre Janeiro de 2005 a Dezembro de 2011, analisando o período como um todo e dois subperíodos (2005-2007 e 2008-2011). Conclui-se que a gestão ativa, em média, não adiciona valor de forma significativa, independentemente dos estilos ativos utilizados pelos gestores portugueses – pelo contrário, em períodos de instabilidade financeira, em média, destruiu valor e de forma significativa.
Trabalho final de Mestrado