Aluno: Ana Sofia Clemente Pires Coito Sousa Tavares
Resumo
A presente investigação pretende estudar as variáveis associadas às especificidades das instituições financeiras (determinantes internos), do sector financeiro e macroeconómicas (determinantes externos) e analisar o seu impacto na performance do sector bancário português, no período entre 2005 e 2011. A performance bancária é avaliada pela taxa de rendibilidade do activo (ROA) e pela taxa de rendibilidade do capital próprio (ROE). Os determinantes internos seleccionados foram o capital, os custos operacionais, a liquidez, o risco de crédito, a diversificação e a dimensão dos bancos e como determinantes externos foram escolhidos o PIB, a inflação, a taxa de desemprego e a concentração de mercado. Este estudo aplicou um modelo de regressão com dados de painel de efeitos fixos, com recurso a uma amostra que inclui 126 observações de 18 bancos portugueses, num horizonte temporal de 7 anos.
Os resultados demonstraram que, as variáveis que apresentaram maior poder explicativo sobre o ROAA (rendibilidade do activo médio), foram os custos operacionais, a liquidez e risco de crédito, o PIB e a Inflação. Quanto ao ROAE (rendibilidade do capital médio), as variáveis com maior significância estatística, foram o capital, os custos operacionais, a liquidez. A variável PIB apresentou com um nível de significância de 10% e a Inflação não revelou significância estatística. A variável concentração, revelou significância estatística e efeito positivo sobre a performance, no ROAA e ROAE, existindo evidência para apoiar a teoria Structure-Conduct-Performance (SCP).
Trabalho final de Mestrado