Search button

PARTILHA DE RENDIMENTO E DECISÕES INTRA-FAMILIARES EM PORTUGAL - O CASO DAS DECISÕES DE PEDIDOS DE EMPRÉSTIMO

Aluno: Iryna Pechena


Resumo
A situação económica e financeira de Portugal e o aumento de endividamento das famílias motiva a realização de estudo sobre a gestão das finanças das famílias e sobre o processo da tomada de decisões financeiras. Esta investigação centra-se na investigação da evidência empírica da prática de partilha comum dos rendimentos (Income Pooling) pelos casais portugueses e na forma como tomam a decisão de contrair um empréstimo (partilham ou são autonomia). As bases de dados utilizadas: o recentemente disponibilizado Módulo - Partilha de Recursos no Seio do Agregado Doméstico Privado do Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos (ICOR), pela primeira vez realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e Eurostat. A amostra é composta por 1.440 casais e a unidade de observação é o indivíduo (N=2.880) numa amostra representativa dos residentes em Portugal, maiores de 16 anos e vivendo em casal com ou sem filhos. Foram construídos três modelos Probit: i) income pooling; ii) a partilha na decisão de contrair um empréstimo; e iii) a autonomia na decisão de contrair um empréstimo. Os resultados indicam que não há evidência empírica da prática de Income Pooling e que o Modelo Unitário não é adequado como representando o comportamento dos casais portugueses. Existem evidências de que a decisão financeira em questão é tomada sem passar pelo processo de negociação. E que este processo não é adequado aos pressupostos do Modelo Coletivo mas sim, é do tipo de Parceria Igualitária, sem estarem definidas as áreas de responsabilidade de cada parceiro consoante o género.


Trabalho final de Mestrado