Aluno: Gustavo Barreto Bernardo Carlos
Resumo
A Indústria Seguradora tem várias particularidades, mas eventualmente uma das mais importantes é a incerteza relativamente aos cash flows futuros, devido à natureza imprevisível de catástrofes naturais ou doenças, no caso dos seguros de saúde. Todavia, as seguradoras tentam gerir o risco, entre outras formas, utilizando técnicas de Gestão de Activos-Passivos. De qualquer modo, devido à dificuldade em prever com exactidão os passivos futuros, ao alinhar as maturidades de activos e passivos pode criar uma desarticulação entre ambos, caso acontecimentos inesperados ocorram e os custos com sinistros sejam bastante maiores do que o estimado.
Como tal, este estudo visa encontrar uma abordagem alternativa à escolha da carteira de investimentos: ao estabelecer um floor razoável para o rácio de financiamento, procura rentabilizar-se os fundos excedentários de forma a atingir melhores rentabilidades que podem ser úteis como almofadas de capital em períodos com maiores taxas de sinistralidade, ao mesmo tempo que se procura encontrar um equilíbrio nas proporções entre classes de activos, de forma a não penalizar os requisitos de capital da seguradora, ao abrigo do estabelecido na Directiva Solvência II. Para este fim foi rastreado o índice EUROSTOXX 600, o benchmark do mercado accionista utilizado neste estudo, aplicando critérios pré-estabelecidos a partir dos quais foi possível chegar a uma carteira de acções, utilizando os pressupostos do Modelo de Índice Único (MIU). Por fim, tanto o portfolio original como o que foi calculado, foram avaliados em função dos respectivos rácios de Sortino.
Trabalho final de Mestrado