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MULHERES NOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EM PORTUGAL: DIFICULDADES NO ACESSO E EM FUNÇÃO

Aluno: Ana LÚcia Elias Da ConceiÇÃo


Resumo
A presença das mulheres na gestão das empresas é reconhecida pela União Europeia, Governos e empresas, como crucial no crescimento e dinamismo das organizações. Verifica-se que as mulheres ocupam atualmente 12,2% dos lugares nos Conselhos de Administração (CA) das empresas cotadas em Bolsa. Faltam dados dos CA sobre dificuldades sentidas no acesso e em função. Utilizou-se um método misto, com entrevistas a membros dos CA: Baxter, BMS, MSD, Pfizer, Perrigo e Novartis. Em paralelo recorreu-se a um questionário, aplicado também a gestores. As entrevistas revelam que as mulheres continuam a sentir dificuldade no acesso, mas não em função. 38,5% referem que a igualdade de oportunidades na Indústria Farmacêutica é maior do que noutras indústrias, mas há diferença entre empresas nacionais e multinacionais. Políticas a implementar para acelerar a equidade: realização de ações de sensibilização e discussão, networking ao almoço, políticas de recrutamento que reduzam o enviesamento, horário flexível e trabalho a partir de casa, progressão na carreira por desempenho, trabalho por objetivos, seguro de saúde extensível à família. Os questionários indicam que a perceção de homens e mulheres sobre as dificuldades sentidas pelas mulheres em cargos de gestão, diferem entre grupos, mas não nas questões transversais de cultura organizacional e indústria. Nas respostas ao questionário não foram encontradas diferenças significativas quando se dividiu a amostra em tipo de empresa (nacional ou multinacional), mas foram encontradas diferenças significativas quando se analisaram as respostas separando em função e grau de escolaridade.


Trabalho final de Mestrado