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Arquitectura Sustentável no Mercado Imobiliário. Contributo para a definição das mais-valias

Aluno: AntÓnio Manuel Dos Santos Gaspar


Resumo
A competitividade atual do setor imobiliário leva a que se procure cada vez mais a diferenciação dos produtos, onde esta passa pela qualidade de um produto único e singular que desperte o ciclo da procura e da oferta, traduzindo benefícios económicos, sociais e ambientais. De que forma é que a arquitetura sustentável pode criar valor no mercado imobiliário, desde logo na componente da perceção. A mais valia económica não só é consequência de fatores tangíveis, como sejam os custos da edificação, a sua manutenção e o payback do seu investimento, bem como é consequência de fatores intangíveis, como sejam, os benefícios sociais e ambientais, com a melhoria da saúde física e mental dos seus utilizadores, o reduzido impacte ambiental do setor da construção e a redução e/ou reutilização dos recursos naturais disponíveis. Para existir qualidade no investimento imobiliário, deverá aferir-se com maior rigor a edificação em âmbito de sustentabilidade, integradora dos ciclos de vida dos seus materiais, técnicas de contrução e componentes tecnológicas envolvidas. Encontraram-se evidências com prémios de sustentabilidade na venda entre 18% e 29%, e no arrendamento entre 3% e 9%. Elaborou-se um inquérito no intuito de se determinar o nível de representatividade da construção sustentável no mercado imobiliário nacional português, e com uma amostra que abrangeu cerca de 500 inquéritos realizados, os resultados apontam para um nível de importância significativa, com 92% dos inquiridos a darem importância ao conceito, e 90% a estarem dispostos a investir adicionalmente sob características sustentáveis (Willingness-to-pay).


Trabalho final de Mestrado