Aluno: AntÓnio Miguel Dias Cruz Oliveira
Resumo
Mais de um terço do território de Portugal está ocupado com área florestal. Nas regiões centro e norte, esta é, maioritariamente, composta por povoamentos de eucalipto (Eucalyptus globulus Labill) e pinheiro‐bravo (Pinus pinaster Aiton). A forte tendência registada nos últimos anos, de substituição de povoamentos de pinheiro‐bravo por povoamentos de eucalipto, é normalmente justificada, pela perceção de mais célere retorno do investimento e pela maior rendibilidade que os povoamentos de eucalipto oferecem, face aos de pinheiro bravo. Este trabalho pretende assim analisar a rendibilidade destes dois tipos de povoamento, contribuindo deste modo para a compreensão do fenómeno.
Neste trabalho são apresentados doze casos (quatro de eucalipto; quatro de pinheiro via plantação e quatro de pinheiro via regeneração natural). Os critérios financeiros utilizados nesta análise foram o VAL, a TIR, IR e PRCact. A aplicação destas técnicas, evidenciou que para uma taxa de custo de capital de 4%, todos os casos estudados se revelaram como boas opções de investimento. No entanto, a utilização de 8%, torna inviáveis os investimentos dos casos de pinheiro bravo via plantação.
Os resultados alcançados no estudo estão em conformidade com a ideia generalizada, que os povoamentos de eucalipto apresentam rendibilidades superiores e períodos de retorno de capital inferiores aos dos povoamentos de pinheiro bravo. O estudo indica também, que a opção pinheiro bravo via regeneração não deverá ser negligenciada, principalmente, em situações de restrição de capital, uma vez que poderá ser a que permite a obtenção do maior rendimento para os investimentos realizados.
Trabalho final de Mestrado